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1. |
Anil Dourado
02:42
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Anil Dourado
Eu queria entender o tom
Do carmesim do teu batom
Decifrar o arcano da formosura tua
Que é um dom
Com teu rosto colado no meu
Flutuando nas nuvens sem pudor
O que há, o que tem escondido
No encanto do teu amor
Tem o orvalho da manhã
E um gosto assim mesclado
Tem o verde e o frescor
E um aroma mentolado
Tem o brilho no olhar
E um beijo apaixonado
Tem o céu, a terra e o mar
E um azul anil dourado.
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2. |
A Pedra das Metamorfoses
03:03
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A Pedra das Metamorfoses
Desobstruir os canais
Abrir os caminhos da paz
Iluminar os porões
Trazer todas as coisas para a luz
Nossas ilusões
E os sonhos azuis
Afastar o medo febril
E o sentimento malsão
Lavar-se da certeza senil
Só mesmo com a Tua mão
O bálsamo que vem do céu
É leve e doce como o mel
Purifica-nos do fel
Ressuscitar os mortais
Acordar o amor em cada um
De seus sonos ancestrais
Para então voarmos
Nas asas do vento
Transcender e evoluir
Exorcizar as sombras
E acender os faróis
Para não naufragamos mais
Para não nos perdermos mais
Em tempestades tão atrozes
Basta só algumas doses
Da pedra das metamorfoses
Não atrair os chacais
As corujas e os bem-te-vis
Todas essas aves noturnas
Presenças taciturnas
Não podem habitar
A consciência solar
A nuvem negra então vai seguir
O seu caminho na escuridão
O desamor vai se extinguir
Só vai restar a leveza
Para assim o coração
Se elevar como um balão
Na mais vasta amplidão
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3. |
O Fole
02:41
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Coloca a Lenha sobre a fogueira
Aviva o fogo desta maneira
Atiça o fole sobre a madeira
Pra esquentar
Pra aquecer o pão
E espantar a frieza que há
Dentro do seu coração
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4. |
O Cafofo Fofo
03:05
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5. |
Saudação ao Sol
02:58
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Nunca é demais poder parar
Para saudar o Sol
E se alimentar do seu calor
E cada manhã
É fundamental poder abrir
Porta e janela em paz
No nascer da aurora respirar
O puro frescor
Pois temos motivos
E os lenitivos pra continuar
A vida é uma luta
E nesta labuta eu sou audaz
Não somos passivos
Existe uma força dentro de nós
Capaz de vencer
A batalha mais atroz
Tudo o que sou é mais sagaz
Que a pederneira que jaz
Vamos acender nossos faróis
No escuro contumaz
O leme da nave deve estar
Na correta direção
E nela insistir sem vacilar
Firme e tenaz
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6. |
Teu Calor
02:44
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Teu Calor
Quando a esperança no amanhã
Me impede viver o presente
O antes, o durante e o depois
O meu feijão com arroz
Esquecendo-me então de nós dois
Mas eu quero estar consciente
Inteiramente no presente
Quero te abraçar, menina
Quero te beijar, menina
Sentir teu calor, menina
E te dar meu amor
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7. |
A Pedra Filosofal
02:52
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Num mar de peixes de cristal
Com algas de serpentina
Onde quero tanto naufragar
Num sol de laser a cintilar
Com gaivotas rubras a sobrevoar
Vou em água clara me liquefazer
Tudo o que sou eu vou decompor
Como a luz num prisma é multicolor
Dissolver-me para depois renascer
Acordar a chuva outonal
Despertar o fogo primaveril
Encontrar a pedra filosofal
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8. |
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Canção para Ninar Adulto Neurótico
Mil garotas no calçadão da praia
Não olham para mim
Não sou nenhuma jóia rara
Quando eu vejo, já terminou o dia
E eu olhando pras estrelas,
Ficando pra semente
Me sentido um babaquara
É preciso, é preciso baby
É preciso aprender a ser só
É preciso, é preciso baby, aaha
Eu ouço o silêncio contundente
De horas doídas, chatas e vazias
De profunda solidão
No meio da multidão e ainda assim
Eu nunca perco os medos,
Pânicos e manias
É preciso…
É desconcertante quando
A tal da convivência consigo é
Um tumulto, e não adianta,
Quando eu não me aguento,
Seja algum unguento
Ou uma canção pra ninar adulto
É preciso…
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9. |
Girassol de Cristal
03:04
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10. |
Resolvendo no Grito
02:21
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Nesse país muita coisa se resolve no grito
Se você não gritar vai ficar aflito
Se você for mudo usa um apito
De qualquer maneira cê vai ter que gritar,
Gritar, gritar, gritar, gritar
Nesse país muita coisa tem que ser no jeitinho
E levar na lábia e bem de mansinho
E a lei do Gerson vai valer direitinho
E alguma vantagem cê vai ter que levar,
Levar, levar, levar levar
Nesse país só é crime a pedalada fiscal
Ou frequentar sítio de amigo bacana
Se você for fascista nunca vai em cana
E dos cofres públicos vai poder mamar,
Mamar, mamar, mamar, mamar
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11. |
A Flor do Bem-me-Quer
03:18
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Compaixão e tolerância
Valores de relevância
Para um mundo mais fraterno
Um aperto de mão amigo
Um abraço e um abrigo
Que me aqueça no inverno
Justiça e caridade
Pilares da sociedade
São o Evangelho Eterno
Ensinamento antigo
Pleno de atualidade
Pra se carregar consigo
Fé, amor e esperança
Jóias espirituais
As virtudes teologais
A lição já aprendemos
Agora resta praticar
Esse tesouro que nós temos
Expulsando a indolência
E com inteira consciência
Da preciosa ambrosia
Que é provar da bondade humana
Quem já provou nunca se engana
e tem amor que contagia.
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12. |
Até a Vista
03:07
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Até a Vista
Não me diga que eu sou um cara muito legal
Que eu vou achar alguém especial
Não me peça para sermos bons amigos
Não me diga que eu mereço ser muito feliz
Adeus
Não me diga que se você pudesse escolher
Ou talvez mandar em seu próprio coração
Eu seria o primeiro de sua lista
Mas como não é possível escolher
Até a vista
Adeus
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13. |
Incubação
02:50
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Na primavera as açucenas vão florir
E que espera de coração puro vai sorrir
Após o longo sono do inverno
Concebendo nossas aspirações
Parece que esse tempo foi eterno
Os verdadeiros anelos não são ilusão
Na primavera as açucenas vão florir
E quem espera de coração puro vai sorrir
O presente é incubação
Das sementes que carregamos no fundo
Conhecer-se é um ditame, nossa missão
Para emanarmos luz a todo mundo
Na primavera as açucenas vão florir
E quem espera de coração puro vai sorrir
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14. |
Boca Vermelha
03:07
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Minha estrela matutina
Entorta a retina
Da minha vista
Que se fascina
Com seu lume
De purpurina
Com beleza
Tão ferina
A tua boca vermelha
Faz franzir minha sombrancelha
O teu olhar me aconselha
A morder a tua orelha
Eu sou mesmo muito mongo
Mas fui salvo pelo gongo
De mil picadas e pernilongo
De chicungunhas lá do Congo
De um penar muito longo
Felicidade é utopia
É ilusão
É uma fria
É como um pinto
Que não pia
Ou um gato
Que não mia
É como a noite
Sem o dia.
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15. |
A Ilha e o Cais
02:33
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A Ilha e o Cais
Quem sabe ler os sinais
Que indicam a direção
Que se tem que seguir
No oceano sem fim
Sou como a embarcação
Que procura a ilha e o cais
Pois se perdeu demais
Não sabe ver nas estrelas
Nem o leste, nem o oeste
Nem o sul, nem o norte
Nem a sombra, nem a luz
Nem a vida, nem a morte
Você que não acredita em nada
Porque tem a cabeça fechada
Meu jacaré amarelo
Tá vermelho de tão azul
Agora sei qual a direção
Do melhor vento soprado
Sem bússola e mapa
Nem um vento me escapa
Nem o leste, nem o oeste
Nem o sul, nem o norte
Nem a sombra, nem a luz
Nem a vida, nem a morte
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16. |
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Canção Oriunda da Dimensão Profunda
Eu dou um trato no retrato
Aquele que eu destratei bastante
E é por isso que eu me retrato
A cada instante
O destrato está nas rugas
Na fugacidade e na fuga
Nos passos lentos de tartaruga
E nos caminhos tortos
Que seguem contra o vento
Nos rincões bolorentos
E arrependimentos
Nos lamentos e nas horas vazias
E nos dias de luto
Na esterilidade de árvores sem fruto
Depois das ilusões da tenra idade
Vem a realidade e as frustrações
Que ferozmente ardem
Do coração vem o pulsar
E a sabedoria que veio tarde
Que a transcendência nos inunde
Para que as trevas não abundem
Que o desapego então fecunde
A paz que emana da virtude
Para esquecermos de vez nossa
Velha juventude, e só uma voz
Não me ilude, o tempo não existe
Só existe a realidade
Uma consolação na solitude
O tempo não existe
Só existe a eternidade
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17. |
Jóias do Espírito
03:39
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Compaixão e tolerância
Valores de relevância
Para um mundo mais fraterno
Um aperto de mão amigo
Um abraço e um abrigo
Que me aqueça no inverno
Justiça e caridade
Pilares da sociedade
São o Evangelho Eterno
Ensinamento antigo
Pleno de atualidade
Pra se carregar consigo
Fé, amor e esperança
Jóias espirituais
As virtudes teologais
A lição já aprendemos
Agora resta praticar
Esse tesouro que nós temos
Expulsando a indolência
E com inteira consciência
Da preciosa ambrosia
Que é provar da bondade humana
Quem já provou nunca se engana
e tem amor que contagia.
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18. |
Galho de Ipê
02:11
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No Galho do Ipê
Passarinho cantou no galho do ipê
Naquela alvorada que eclodiu
Guardada no céu
E a música foi e voltou
É uma semente que ficou
Plantada no som
Quando as folhas caem
Secas pelo chão
Uma geração passou
E deixou a outra que vem
E o amor meu bem
No peito floresceu
Ele é mais forte do que a morte
Prevalecerá
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19. |
Luz Astral
02:29
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Luz Astral
Nuvem estática
Não chove neste chão
Aridez nos olhos
O gotejar é cáustico
Orvalho de lágrima
Açudes de ferro
No coração
Estrela errática
Num instante já passou
E os girassóis procuram luz solar
Numa noite sem luar
Querendo ver o dia raiar
Resplandece a luz astral
Pintando dez mil quintais
Aquarelas sobre telas
Na interna percepção
No palácio d’alma
Árvores de vida nos jardins
De Deus
Amanhecer é lírico
Recordar é idílico
Iluminação que rompe os elos
De grilhões, ilusões
E as roseiras despertam
Os seus botões em flor
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André dos Arcanos Niterói, Brazil
You've come to the right place if disrespect for singing freedom really bothers you. Those who did not respect human creative inspiration failed. The artist must be free to create, to be inspired, to be carried away by Dionysian ecstasy, and for that there can be no rigid label, or absurd market rules. The artist must therefore be independent. Support the independent artist. ... more
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